quinta-feira, 21 de julho de 2011

Projeto Nossas Ruas: Galerias a Céu aberto

A Assessoria de Juventude, em parceria conosco, Posse Cultural Família Pic Favela, tem desenvolvido o Projeto :"Nossas Ruas: Galerias a Céu aberto".
A Posse Cultural participa convidando Grafiteiros, parceiros nossos e a Assessoria disponibiliza o material e Espaços Públicos para as produções.
O projeto vem sendo executado desde junho e já ocupou muros de escolas, Centros de Referência em Assistência Sociial (CRAS) e um palco público na Pça 13 de Maio.
Acompanhe semanalmente os trabalhos no Facebook da Pic Favela ou aqui no nosso blog mesmo.

Acompanhe as fotos:
































domingo, 5 de junho de 2011

Chuck D escreve carta aberta e critica o HipHop atual.


Chuck D, sempre sempre foi uma voz influente sobre assuntos relacionados ao Hip Hop, o rapper escreveu recentemente uma carta para o Davey D e Chuck “Jigsaw” Creekmur do AllHipHop.com. Na carta, o lider do Public Enemy descreveu o estado atual da cultura e muito mais. Confira abaixo um trecho dessa carta.

“O RAP e Hip-Hop, é como o time olímpico de basquete dos  EUA, o mundo tem superado os  EUA em todos os fundamentos básicos do HIP-HOP  – TURNTABLISM,  BREAKING,  GRAFFITI e agora EMCEE de forma sucinta, o em significado e habilidade.  Habilidade de rappers que rimam em três linguas, rapper que arrastam multidões com intensidade e paixão.  O  ‘arrogante’ Americano veste a mascara, mas se tivesse uma olimpíada do Rap/Hip Hop, eu realmente nao sei se os EUA voltaria para casa com muitos Ouros, Pratas ou Bronze até mesmo por amor.”
O rapper não criticou apenas a maneira que o HipHop tem sido feito, ele também criticou agências de notícias relacionadas ao Hip Hop, observando que eles precisam melhorar e divulgar mais os valores da  cultura.
“As noticias do HipHop se espalham como qualquer outra notícia mainstream nos Estados Unidos. O lixo que é imprópria para ser impresso agora fica nos  sites e blogs. Por exemplo, um rapper que faz trabalho na comunidade fica em segundo plano, enquanto se o mesmo rapper roubar um posto de gasolina fica em destaque, com gravadora e um rótulo de  “Rapper” preparando seus projeto com suas músicas independentemente da sua qualidade que, naturalmente, é subjetiva, como qualquer outra arte. O sites e Blogs de  RAP estão imitando o New York Post “.
Além disso, ele explicou suas razões para escrever esta carta, discutindo a cultura e como ele escolheu viver se afastando do materialismo.

“Eu dirijo um Montero ’94, um Acura ’97, e não têm joias caras. Não há nada neste planeta que seja  substancialmente melhor do que eu.  Eu vejo varias pessoas fazendo qualquer coisa para conseguir as coisas acho que isto acontece para que eu possa testemunhar algumas coisas e que possa possa proteger a arte do Hip-Hop. Nunca tantos foram prostituídos por tão pouco. Então, Estou cansado disso. “

Fonte: RAPEVOLUSOM.COM

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Entrevista das Ruas: Sérgio Vaz



O que é Cooperifa?


R: movimento cultural que transformou uma bar, há 10 anos, em centro Cultural, e que tem como objetivos, o icentivo à leitura e à criação poética.

Qual a importância dos livros em bairros mais humildes?

R: Acreditamos que só o conhecimento liberta.

Como você ve a proximidade que o público do rap hoje tem da literatura, sendo você um dos responsáveis por essa tendência?

R: vejo isso positivamente, até porque foi o Hip Hop quem começou tudo isso na periferia. temos parcerias importantes com o rap nacional.

Soube que é fã de cinema (Documentários, filmes etc...) . Qual foi a influência que eles tiveram no desenvolvimento dos seus trabalhos?

R: Cinema é outra fonte de inspiração. Gosto desta coisa da lisão influenciando a realidade, afinal de contas sou poeta, né não? A Arte tem um poder fundamental na contrução do caráter do ser humano, tanto para o bem, como para o mal, o conhecimento é que dá ferramentas para a gente saber escolher o caminho certo.

Deixe uma mensagem aos novos leitores, que estão descobrindo o livro agora?

R: Leiam livros. Leiam gente. Leiam as ruas.

Entrevista das Ruas: Crônica Mendes



1. Como você vê hoje a cena da literatura periférica e qual a importância na sua opinião; desse movimento?




Crônica Mendes: Bom a literatura periférica é mais uma conquista para nós, se antigamente as músicas não retratavam o nosso cotidiano, e ai o rap nasceu como um grito e passamos a cantar nossa vida por nós mesmo, com a literatura foi da mesma forma, se os livros do meu tempo de escola não falavam da gente nossa, nossas origens, nossa vida, nossos sonhos, com a literatura periférica nos passamos a escrever com nossas próprias mãos a nossa história. Isso mostra o quão a periferia é um berço da arte brasileira, o rap sempre incentivou os estudos, sempre poetizou os sonhos nas letras, desde sempre a literatura é presença marcante em várias letras, e de uns tempos pra cá essa literatura respira dentro e fora das letras de rap, como um movimento, formando uma nova celular de conhecimento, resistência e expressão da periferia.



2. Quais são suas referências hoje na Literatura e no Rap?



Crônica Mendes: Minhas referências são meus grandes amigos, e que eu gosto muito de chamá-los de professores, pois essa é a mais pura verdade. Pessoas incríveis como Sérgio Vaz, Nelson Maca, o livro do GOG também é muito bom, o poeta Fuzzil, gostei muito do livro ‘De que lado você está’ do André Ebner, gosto de ler nos blogs de vários escritores, poetas e atrevidos da escrita como eu, gosto muito de ler os devaneios Nina Fideles, aprendo muito com essas pessoas. No rap, sigo com quem sempre esteve comigo, Racionais, GOG, Realidade Cruel, Consciência Humana, essas são algumas das minhas referências, mas gosto do novo também como Jairo Periafricania, Versão Popular, Kiko Santana, poxa tem muito grupo bom que a gente sempre conhece nas cidades e estados por onde A Família tem passado ao longo desses anos. Sou bombardeado por influências por onde quer que eu vá, mas tenho minha fonte interior que tem voz e que me dirige os pensamentos e sentimentos na hora de compor. Gosto do que me emociona.



3. Como você ve a cena do Hip Hop no Interior Paulista?



Crônica Mendes: O interior de São Paulo é um caldeirão a parte da capital literalmente, muita gente numa época falou que o rap estava fraco, mas elas se baseavam na capital paulista, e na época eu morava no interior, no São Jorge (Hortolândia) e eu ficava pensando. “poxa como o rap está fraco se aqui na quebrada os eventos continuam em alta, os eventos beneficentes continuam arrecadando alimentos dentre outras coisas e distribuindo organizadamente entre as famílias, os shows pagos também estão lotando casas, grandes nomes do rap estão vindo fazer show por aqui...” Eu ficava nessa, onde está essa crise? Ai descobri que, quem entrou em crise foram algumas pessoas e elas estavam jogando isso pra cima do rap. O interior de São Paulo é um dos polos mais resistentes e contundentes da música rap nacional, daqui saíram grandes nomes como Face da Morte, Realidade Cruel, A Família, Sistema Negro, Consciência X Atual, e muitos outros que tem a mesma importância tal qual esses que citei. O interior ou capital, seja como for o reconhecimento para o rap como um todo, é nacional.



4. O que você pensa sobre o hip hop estar se tornando uma cultura transversal, não ficando restrita só aos 5 elementos?


Crônica Mendes: Bom primeiro que eu não acredito que o Hip Hop tem 5 elementos, pra mim somos milhares de elementos que fazem do Hip Hop um movimento cultural, ou uma cultura em movimento, mas somos muitos, muito mais que 4 ou 5 elementos. O público que compra o Cd, DVD, que vai nos shows, também é parte disso, o professor que leva o rap para sua aula como ferramenta de ensino, também é parte disso. São tantos exemplos a serem citados, tem muita vida que move o Hip Hop, e o mesmo está abrangendo novos horizontes, mas isso precisa ser feito com contundência, sem abandonar nada nem ninguém.



5. Deixe sua mensagem para os jovens hip hopers e jovens escritores de periferia:



Crônica Mendes: Nunca faltem com a verdade nem com os sonhos e emoções.



quinta-feira, 2 de junho de 2011

Fábrica dos Monstros lança Vídeo Promocional:

" Tem sonhos que a gente acorda e nem se lembra, tem sonho que assusta e tem sonho que a gente sonha acordado...mas uma única vez na sua vida, um sonho pode mudar tudo..."


FAMÍLIA PIC FAVELA




Um salve especial pro Digão, que foi trancado antes de ver a sua música pronta...Tá preso mas não tá morto!!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Historiador também lança cordel sobre a escravidão na região


"A História do Preto Pio e a fuga de Escravos de Capivari, Porto Feliz e Sorocaba" é um cordel paulista, com temáticas e forma desvinculadas da tradição nordestina. Lançado no final de novembro por Carlos Carvalho Cavalheiro, narra a fuga de escravos ocorrida em Capivari em outubro de 1887, liderada por Preto Pio, que morreu lutando pela liberdade na Serra do Cubatão, quando se dirigia ao Quilombo do Jabaquara. De acordo com o autor, essa fuga teve repercussões importantes para a campanha abolicionista.





Historiador lança cordel sobre a escravidão na região

O historiador e pesquisador sorocabano Carlos Carvalho Cavalheiro

"A História do Preto Pio e a fuga de Escravos de Capivari, Porto Feliz e Sorocaba" é um cordel paulista, com temáticas e forma desvinculadas da tradição nordestina. Lançado no final de novembro por Carlos Carvalho Cavalheiro, narra a fuga de escravos ocorrida em Capivari em outubro de 1887, liderada por Preto Pio, que morreu lutando pela liberdade na Serra do Cubatão, quando se dirigia ao Quilombo do Jabaquara. De acordo com o autor, essa fuga teve repercussões importantes para a campanha abolicionista.

Cavalheiro explica que os escravos saíram das fazendas de Capivari e se dirigiram à caminho de Santos, onde, na Serra do Mar, havia o Quilombo Jabaquara. "A caravana de escravos passou por Capivari, Porto Feliz, Sorocaba, São Paulo e Santos. Na Serra de Cubatão, os escravos foram abordados por soldados do exército. Pio matou um dos soldados e foi fuzilado pelos outros. A autópsia no corpo de Pio, realizada em São Paulo, revelou que o escravo caminhava e lutava sem se alimentar nos últimos três dias. Estava faminto quando morreu", conta no livro.

Por causa dessa fuga, em novembro de 1887 o Clube Militar enviou uma carta ao imperador recusando-se a caçar escravos. Também, na mesma época, chegavam trabalhadores (especialmente belgas) em Porto Feliz. Em 25 de dezembro de 1887, Sorocaba declarou-se livre da escravidão. Somente no ano seguinte, em maio de 1888, foi declarada extinta a escravidão no Brasil. "Ainda faltam muitas pesquisas sobre a escravidão na região de Sorocaba e do Médio Tietê e esse Êxodo de Capivari é um exemplo: não obstante a sua importância, muito pouco se falou a respeito. Talvez porque daí se evidencie a luta do próprio negro por sua emancipação. O negro se torna protagonista da luta pela liberdade o que vai de encontro com a idéia de que a abolição foi obra política realizado pelos não-negros", afirma Carlos.

Para o pesquisador, a fuga de escravos de Capivari - chamada por José do Patrocínio de Êxodo de Capivari -, foi um importante passo dado pelos escravos para o fim da escravidão no Brasil. "E, é importante ressaltar, que essa luta específica foi obra dos próprios escravos. O cordel, desse modo, recupera a história da participação ativa dos negros na luta por sua própria liberdade. Recupera ainda a figura do líder Preto Pio, tão emblemática e importante quanto a de Zumbi, com a ressalva de que o escravo Pio era da região (Médio Tietê) e de história mais recente em relação a de Palmares", esclarece.

A história do Preto Pio foi brevemente tratada no livro do mesmo autor, lançado em dezembro de 2006, intitulado "Scenas da Escravidão - Breve ensaio sobre a escravidão negra em Sorocaba" e, ainda, nos livros "Perseverança III e Sorocaba", de José Aleixo Irmão; "A escravidão no Brasil", de Jaime Pinsky e "A Marcha" de Afonso Schmidt. Este último é provavelmente o livro que traz maiores informações sobre esse episódio esquecido de nossa história.

O cordel "A História do Preto Pio..." tem 19 páginas e pode ser adquirido nas livrarias Pedagógica e Sebo Nacional, e na banca de jornal do Fórum Velho, além de livrarias e bancas de jornais de Porto Feliz.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem-teto ocupam trecho de Rodoanel em protesto


Os sem-teto protestam contra o despejo de 900 famílias que integram a Ocupação Che Guevara, no município de Taboão da Serra (Grande São Paulo), montada há cerca de dois meses, de acordo com Vanessa de Souza, uma das lideranças do movimento.



Os manifestantes sem-teto ligados ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) liberaram totalmente as pistas do trecho sul do Rodoanel por volta de 14h desta quarta-feira (16/6). As pistas foram totalmente bloqueadas nos dois sentidos (Anchieta e Imigrantes) às 10h50, o que gerou um longo congestionamento no trecho.



A Polícia Militar Rodoviária foi ao local para negociar a liberação da via. Os sem-teto só deixaram o local após a Secretaria Estadual de Habitação entrar em contato e agendar uma reunião ainda nessa semana para tratar das demandas dos trabalhadores.



Os sem-teto protestam contra o despejo de 900 famílias que integram a Ocupação Che Guevara, no município de Taboão da Serra (Grande São Paulo), montada há cerca de dois meses, de acordo com Vanessa de Souza, uma das lideranças do movimento.



Uma liminar de reintegração de posse foi expedida para desocupar o terreno, que possui 86 mil m². Os manifestantes exigem que o governo desaproprie a área e construa um conjunto habitacional para as famílias.



O MTST exige também que o governo do Estado construa moradias para atender milhares de famílias sem-teto que vivem nos municípios de Taboão da Serra, Embu e Itapecerica da Serra. De acordo com o movimento, o governo prometeu atender as famílias em 2007.